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Letícia Vidigal

É possível não termos mais problemas?


Muitas vezes olhamos para as nossas vidas e não entendemos o que estamos fazendo (ou deixando de fazer) para que tantas coisas ruins aconteçam ao mesmo tempo.

Confesso que jamais houve uma época da minha vida em que situações difíceis não ocorressem. Elas eram (e são) dos mais variados tipos e tamanhos.

Como tive dois filhos em menos de 2 anos também convivi (e convivo) com diversas situações relacionadas a eles: viroses, dente para arrancar, uma cirurgia para fazer, um problema na escola para resolver, uma crise existencial...

Já me perguntei em alguns momentos se não seria possível pegar um trem, descer em algum lugar e tirar umas férias da minha vida por uns dois ou três dias.

Entretanto, não quero que este seja um post para compartilhar momentos difíceis, mas mostrar a vocês como, hoje, lido com eles.


Aprendi algo valioso em um vídeo assistido há algum tempo. Nesse vídeo, um grande mestre está se apresentando para um grupo de pessoas. Ele pergunta aos presentes se eles tinham problemas. Todas concordam, pois TODOS tem problemas.

Ele então diz: “Traga-os aqui e coloque-os na minha frente que irei resolver um a um.”

As pessoas na platéia riem, pois percebem que isso é impossível.

O mestre, então, explica: “Todos os nossos problemas existem em um lugar apenas: em nossas mentes."

Confesso que quando assisti ao vídeo pela primeira vez, me perguntei, "mas como isso é possível?" "Meus problemas são reais. Não estão em minha mente, mas em situações que vivencio e que preciso resolver."

Em em um segundo momento, pensei, "será?"

Será que eu não poderia pensar nos meus “problemas” como situações que precisam ser resolvidas, sem o incômodo do peso emocional de um "problema"?

Será que eu não poderia pensar neles como eventos que acontecem na vida de todas as pessoas e que dão a elas (e, portanto, a mim) a oportunidade de aprender e crescer?

E será que eu posso controlar a forma que penso sobre cada situação para que sentimentos de baixa vibração não surjam?

Não parecia algo simples de se fazer, e acredito que o motivo seja esse:

temos o hábito de não prestarmos atenção para o que pensamos e não percebemos que são nossos pensamentos que tem definido como nos sentimos.

Portanto, eu não percebia que os pensamentos que acompanhavam as situações difíceis que eu vivia eram os principais responsáveis pela forma que eu me sentia - e não a situação em si.

Dr. Wayne Dyer, doutor em psicologia e famoso autor norte americano confirma isso em seu livro Seus pontos fracos, da Editora Viva Livros.

De acordo com ele, “os sentimentos não são apenas emoções que acontecem: são reações que você escolhe ter".

Ele dá um simples exemplo de um jovem que se tortura e se sente infeliz com o fato de que seu chefe o considera burro.

Dr. Wayne faz o seguinte questionamento para essa situação: se o jovem não soubesse o que o chefe pensa dele, ele se sentiria da mesma forma?

E a resposta é: claro que não, pois como ele se sentiria mal por algo que ignora?

O autor conclui: o que faz o jovem infeliz não é o que o chefe pensa ou deixa de pensar, mas o que ele próprio pensa.

Gosto muito de uma história contada também pelo Dr. Wayne Dyer que compartilho aqui com vocês, com as minhas palavras.


Um dia, um pescador e seu filho estavam calmamente pescando perto de sua cidade. Apareceu diante deles um homem que lhes perguntou: Estou de mudança para a cidade aqui perto. Vocês sabem me dizer como ela é?

O pescador respondeu: Claro! Mas primeiro me diga como é a cidade de onde você está vindo.

O homem respondeu: A cidade de onde venho é muito acolhedora. As pessoas são gentis e todos tratam uns aos outros com respeito.

O pescador então disse: Pois a cidade para onde o senhor vai é da mesma forma.

O homem ficou satisfeito e seguiu seu caminho.

Em seguida surgiu outro homem que disse ao pescador: Estou de mudança para a cidade aqui perto. Vocês sabem me dizer como ela é?

O pescador respondeu: Claro! Mas primeiro me diga como é a cidade de onde você está vindo.

O homem respondeu: A cidade de onde venho é horrível. As pessoas são mal educadas e sem paciência.

O pescador respondeu: Pois a cidade para onde o senhor vai é da mesma forma.

O homem ficou decepcionado e seguiu o seu caminho.

O filho olhou para o pai e disse: Mas pai, a cidade não é a mesma? Como ela pode ser tão diferente para um e para outro?

E o pescador respondeu: Cada um vê aquilo que carrega dentro de si, meu filho.

Essa simples história me ensinou algo importantíssimo sobre a minha vida. Não era o que acontecia comigo que definiria a forma que me sinto ou como percebo o mundo, mas aquilo que carrego dentro de mim que faria isso.

A minha escolha deveria ser, portanto, para o que se passa na minha mente. É apenas isso que irá interferir na forma como enxergo o que acontece externamente na minha vida.


E é essa a escolha que tenho feito diariamente. Não posso mudar fatores externos ou as outras pessoas. Posso apenas cuidar dos meus pensamentos e dos sentimentos que são gerados por eles.

É importante lembrar que, com o Ho’oponopono, aprendi que há uma forma de agir em relação ao que ocorre externamente. Quando purifico minhas memórias estou buscando também a mudança externa. Apesar de buscar resultados externos, a ação ocorre internamente. Não há necessidade de envolver outras pessoas. Apenas devo purificar o que há dentro de mim.

Quando questionamos por que tantas coisas ruins acontecem em nossas vidas, estamos dando mais importância a elas do que para as pequenas bênçãos que recebemos no dia a dia. Estamos como o 2º homem da história, percebendo apenas aquilo que não está bom e acreditando, através da forma que pensamos e, consequentemente, sentimos, que o mundo e as pessoas são apenas de uma forma.

Sei que é difícil assumirmos isso, mas a verdade é que, se há muitas coisas ruins acontecendo nas nossas vidas, devemos questionar onde está o nosso foco. Questionar também nossos pensamentos sobre cada evento. E começar a focar também no que há de bom acontecendo.

E devemos nutrir nossas mentes com boas leituras, bons filmes e boas companhias. Também sou a favor de encontrarmos apoio na religiosidade e em nossos anjos da guarda.

Quando mudamos nossa vibração atraímos situações de boas vibrações. Quando mudamos nosso foco, passamos a perceber a vida de uma forma diferente.

Hoje faço o convite para que prestemos atenção aos nossos pensamentos e a forma que nos sentimos diante de cada um deles. Quando tomamos consciência deles podemos agir imediatamente e não permitir que eles assumam o controle dos nossos sentimentos.

Também convido vocês a alimentarem suas mentes de bons pensamentos através da leitura de um bom livro ou através de um bom filme.

E aproveitem para purificar memórias através das frases do Ho'oponopono. Realizem meditações disponíveis, como a da criança interior, disponível aqui no site.

Apenas agindo podemos transformar nossas vidas.

Muita luz!

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