É possível não termos mais problemas?

Muitas vezes olhamos para as nossas vidas e não entendemos o que estamos fazendo (ou deixando de fazer) para que tantas coisas ruins aconteçam ao mesmo tempo.
Confesso que jamais houve uma época da minha vida em que situações difíceis não ocorressem. Elas eram (e são) dos mais variados tipos e tamanhos.
Como tive dois filhos em menos de 2 anos também convivi (e convivo) com diversas situações relacionadas a eles: viroses, dente para arrancar, uma cirurgia para fazer, um problema na escola para resolver, uma crise existencial...
Já me perguntei em alguns momentos se não seria possível pegar um trem, descer em algum lugar e tirar umas férias da minha vida por uns dois ou três dias.
Entretanto, não quero que este seja um post para compartilhar momentos difíceis, mas mostrar a vocês como, hoje, lido com eles.

Aprendi algo valioso em um vídeo assistido há algum tempo. Nesse vídeo, um grande mestre está se apresentando para um grupo de pessoas. Ele pergunta aos presentes se eles tinham problemas. Todas concordam, pois TODOS tem problemas.
Ele então diz: “Traga-os aqui e coloque-os na minha frente que irei resolver um a um.”
As pessoas na platéia riem, pois percebem que isso é impossível.
O mestre, então, explica: “Todos os nossos problemas existem em um lugar apenas: em nossas mentes."
Confesso que quando assisti ao vídeo pela primeira vez, me perguntei, "mas como isso é possível?" "Meus problemas são reais. Não estão em minha mente, mas em situações que vivencio e que preciso resolver."
Em em um segundo momento, pensei, "será?"
Será que eu não poderia pensar nos meus “problemas” como situações que precisam ser resolvidas, sem o incômodo do peso emocional de um "problema"?
Será que eu não poderia pensar neles como eventos que acontecem na vida de todas as pessoas e que dão a elas (e, portanto, a mim) a oportunidade de aprender e crescer?
E será que eu posso controlar a forma que penso sobre cada situação para que sentimentos de baixa vibração não surjam?
Não parecia algo simples de se fazer, e acredito que o motivo seja esse:
temos o hábito de não prestarmos atenção para o que pensamos e não percebemos que são nossos pensamentos que tem definido como nos sentimos.
Portanto, eu não percebia que os pensamentos que acompanhavam as situações difíceis que eu vivia eram os principais responsáveis pela forma que eu me sentia - e não a situação em si.
Dr. Wayne Dyer, doutor em psicologia e famoso autor norte americano confirma isso em seu livro Seus pontos fracos, da Editora Viva Livros.
De acordo com ele, “os sentimentos não são apenas emoções que acontecem: são reações que você escolhe ter".
Ele dá um simples exemplo de um jovem que se tortura e se sente infeliz com o fato de que seu chefe o considera burro.
Dr. Wayne faz o seguinte questionamento para essa situação: se o jovem não soubesse o que o chefe pensa dele, ele se sentiria da mesma forma?
E a resposta é: claro que não, pois como ele se sentiria mal por algo que ignora?
O autor conclui: o que faz o jovem infeliz não é o que o chefe pensa ou deixa de pensar, mas o que ele próprio pensa.
Gosto muito de uma história contada também pelo Dr. Wayne Dyer que compartilho aqui com vocês, com as minhas palavras.
